Domingo, para mim, é dia de
assistir Fantástico. Sei lá, é inevitável, eu sento no sofá e para ter certeza
de que é mesmo domingo eu preciso ouvir a voz do Tadeu Schmidt e da Poliana
Abritta. Pois bem, como de costume então, estava ali assistindo ao programa
quando de repente começou uma reportagem sobre as cantadas que os homens (inutilmente)
fazem às mulheres, alegando que a “culpa” é do “jeito que elas se vestem”. E aí
a polêmica começou. Até o caso da Geisy Arruda, aquela estudante que virou
famosa após usar vestidos curtos na faculdade, foi relembrado.
Ninguém me perguntou, mas
sinceramente, acredito que tudo passa pelo bom senso. E antes que “feministas de
plantão” comecem a me chamar de moralista sem fundamento, eu explico. A
referida reportagem do Fantástico mostrou homens e mulheres dizendo que “cada
um veste o que quer” em defesa da menina que foi cantada no meio da rua por um
homem. Em questão de estilo, tudo bem. Mas é aí que começa a entrar o bom
senso. Não? Eu não vou ir para uma
entrevista de emprego com “decotão e mini saia”. Acredito que os homens não vão
ir trabalhar de bermuda e chinelo, salvo aqueles que o local de trabalho seja
compatível a este “style”. Vocês não vão ver o Tadeu e a Poliana apresentando o
programa de sunga e biquini. E isso não porque “a sociedade dita as regras”,
mas sim porque a minha liberdade vai até onde começa a do
outro, e isso estamos cansados de ouvir. Não é uma questão de liberdade, ao
meu ver, é uma questão de percepção.
Eu não faço o tipo de pessoa que acha que
você pode fazer o que qusier a hora que quiser. E o motivo de eu não concordar
com isso é simples: se cada um fizesse o que bem entendesse, pensa como seria o
mundo? Até tem gente que quer o bem do próximo e do planeta, mas de boa, tem
muitos com maldade no coração e que se preciso for mata, suja, rouba...mas se
você acha que o cidadão tem direito de fazer o que quiser, na hora que bem
entender.....Se nós, brasileiros, tivéssemos o bom senso como norteador de
todas as nossas ações, bem sério, o páis não estaria a bagunça que está. E é
isso que eu quero dizer quando, incansavelmente, reescrevo aqui: bom senso minha gente!
Não estou
dizendo que as mulheres não podem vestir o que estão com vontade, porque sim, elas
podem, mas de novo, o bom senso e o limite não fazem mal a ninguém. Jamais vou admitir cantadas justificadas
pela maneira de se vestir das mulheres, isso nunca, isso é ridículo. O
mesmo vale pra eles: bom senso amigos! Você iria gostar de saber que sua mãe ou
irmã está ouvindo um “gostosa” por onde passam? E olha que peguei leve com a
palavra, afinal sabemos que a coisa é muito mais baixa e sem respeito algum por
aí.
Enfim, desculpa se a minha opinião não é a mesma que a sua, mas é que eu
fico de boca aberta quando vejo um programa com o peso do Fantástico abordar
este tema tentando buscar uma “explicação” para uma coisa que me parece tão óbvia. Em primeiro
lugar, os homens deveriam respeitar as mulheres e ter educação para com elas –
isso é básico. Segundo, as mulheres (e os homens também) sabem que existe um
“modelito” adequado para cada ocasião, e não é que se não se vestirem de acordo
vão ser cantadas, e sim pela “política da boa vizinhança”. Por isso, eu acho,
tão absurdo em pleno 2015 ter que assistir uma reportagem que a todo isntante
tentou “explicar” as cantadas dos homens e aclamar uma liberdade para as
mulheres que, ao meu ver, tem dois pesos e duas medidas.
Bom
senso para todos, é meu desejo de domingo.