Ela se separou do namorado. Mas ele insiste em ficar ligando. Ela queria casar, ele tem mil planos. Ela queria ser incluída naqueles desejos, e ele, não enxergando como. Ela mulher para tudo, ele homem de pouco. Ela pronta para qualquer desafio do homem, ele despreparado para as alegrias e tristezas, saúde e doença. Ela dois, ele um. Ambos com o sentimento incomum.
Se ele optou pelo singular e por viver o seu sonho, porque ainda liga? Porque mesmo que a separação seja algo óbvio para ele, e ser solteiro seja o caminho mais fácil para se chegar aonde quer, o desamor ainda não chegou no coração. E o que mais me intriga é que esta é uma situação cada vez mais vivenciada nos relacionamentos. Normalmente é assim: existe o sentimento, mas não existe a divisão. Se uma relação é feita a dois, qual foi a parte de que “a partir da união do homem e da mulher os sonhos vão acabar se tornando do parceiro também” não foi compreendida? Eu não digo que a partir de então você tenha que passar a curtir o que o outro curte, a almejar o que ele quer, nem a sonhar os sonhos dele, mas se estão unidos por um sentimento maior, porque não compreender, ajudar, dividir agora para somar depois?
Estamos na era individualista, onde o EU foi colocado em um pedestal. Para ser é preciso ter, e para conquistar é preciso se valorizar. Concordo com o ponto da autovalorização, mas em excesso vira autocomiseração da nossa alma. É preciso olhar além do nosso umbigo, e por mais difícil que seja compreender o outro, ou incluí-lo naquele sonho de criança, existem momentos que é necessário se abrir para vida, e se abrir pro sentimento que pulsa dentro de você.
Onde foi que tudo se perdeu? Em que estância os valores foram escondidos? As prioridades, de uma forma geral, estão baseadas em coisas supérfluas, em desejos mimados, em vontades egoístas. Aqueles valores como compaixão, perdão, companheirismo, humildade foram por muitos esquecidos. Ter um amor para vida e construir com ele uma relação saudável perdeu para a facilidade de se ter qualquer um a qualquer momento para suprir a necessidade daquele momento, naquele lugar, e pronto, acabou, o importante é viver! Viver de que forma? Viver ostentando uma felicidade que não existe no interior do seu ser? A única coisa que nos preenche e nos torna uma pessoa de bem é o amor. É dar amor e valorizar o amor. Papo de louco? Loucura é viver de falsas promessas e frágeis momentos.
E se ela, a garota que eu falava no início deste texto, se ela ainda esta a procura de uma resposta para o que aconteceu a única coisa coerente a se dizer é que tudo acontece pro nosso bem, então, se está difícil de enxergar algo positivo nos fatos agora, calma! O tempo é o senhor de todas as verdades e traz consigo as repostas das quais precisamos, talvez crescimento, amadurecimento, ou talvez, infelizmente você tenha se envolvido com um destes tantos que se deixam levar pela vaidade e pelo egoísmo. Alguém que ainda não encontrou sentido completo na palavra amor. Coisas que você só vai entender daqui algum tempo, são coisas para depois.
Muiito boom Deka
ResponderExcluirmuito verdadeiro, dizendo bem como as coisas se transformaram e valores se perderam, adoreii
beeijos
Jessica Tricta
Como sempre, muito verdadeira e de uma forma incrivel consegue transformar em texto!
ResponderExcluirmuito bom Deka!
Adorei ;)
ResponderExcluirCongrats!!!
Meio confuso...
ResponderExcluirSimplicidade, minha amiga!
como sempre, perfeito!
ResponderExcluirDekão...homem e mulher amam de forma muito diferente. Mas não quero polemizar, o importante é que conseguiu mostrar que valores ainda estão em alta e que o amor continua sendo a melhor ferramenta para uma vida plena. Não deixe de escrever, adoro!!! Mãe
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