segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Caçador de si

Tem dias que eu me perco. Fico nos meu pensamentos me procurando. É como se eu pegasse o classificado de um jornal e tentasse achar meu lugar, a minha vaga perfeita...e nada! Afinal, como eu vim parar aqui e por qual motivo eu vim? Aonde esse caminho vai me levar, e a propósito onde é mesmo que eu quero ir?

Me lembro da minha infância, das brincadeiras de criança. Me lembro do tempo em que para sonhar eu não pagava impostos, eu não via perigo, apenas sonhava! Me via apresentadora de um programa de televisão, me via cantora, professora, me via a atriz principal de todas as novelas. Para me sentir um pouco mais perto de todas estas minha fantasias, e para poder ser tudo que eu quisesse, eu decidi participar do grupo de teatro do colégio. No palco eu me sentia em casa, lá eu podia ser o que quisesse, e o melhor sem o perigo de ser barrada por preconceitos ou discriminada pelos feitos. No palco eu era de tudo um pouco, e eu tinha um pouco de todos. Eu realizava toda e qualquer vontade. Quando indagada do futuro, eu nem pensava para responder, apenas dizia: “vou ser atriz e apresentadora de um programa de tv”.

Entre dias e noites a gente cresce, a gente vai aos poucos despertando para a vida real. Vamos assumindo as características de um adulto onde a verdade tem que ser dita, e os sonhos vão perdendo espaço para o concreto. Os nossos intermináveis dias, passam a ficar pequenos, a agenda deixa de ter confidencias e passa a ter compromissos. O imprevisível agora perde espaço para a rotina. Os seres humanos vão aos poucos se conformando com isto, e deixam de ir em busca de seus sonhos, para alcançar seus objetivos. Objetivos tão mundanos, e as vezes tão vazios. Só que no corre-corre da vida, não nos damos conta disto. É então que nos percebemos perdidos. É neste momentos em que queremos recorrer aos classificados de um jornal com publicação diária. É neste instante que queremos no encontrar desesperadamente.

Ainda tenho a sorte, ou a consciência de dizer que não estou tão longe dos meus sonhos de criança, mas me pergunto que estrada é esta que decidi seguir, e ínsito: onde ela vai dar. Será que é em vão? Será que estou andando na contra mão? Nada disso, nenhum aprendizado nesta vida é em vão, aprender nunca é de mais. 

Então porque esta sensação de fim de linha? Talvez porque toda estrada sem saída, nos faz parar e olhar para frente. Nos faz buscar uma maneira de ir adiante. Porque é ali, no beco sem saída que o mais belo bosque começa. É ali que você vai respirar um ar puro e aliviado e vai poder reavaliar sues objetivos, suas realizações. É ali que você.

E eu hoje, me encontro um pouco longe da platéia de que eu tanto gostava, mas nunca longe dos palcos. Porque a vida, esta sim é uma grande peça de teatro e nela devemos ser os protagonistas, devemos ser os diretores, devemos e podemos ser exatamente o que quisermos, basta apenas decidir qual é o final que daremos ao nosso roteiro. Basta aprendermos a ser caçadores de nós mesmo, e não deixar nenhum sonho se perder por aí.

5 comentários:

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  2. Dekinhaaaa!
    lindo texto, me arrepiei, muito bom mesmo amiga ;)
    continuo acompanhando teus textinhos viu amor, sempre! são os melhores!!! TE AMO DEMAIS, saudades mil

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  3. Minha amiga, amei essa materia e a achei bem...digamos...idk. Acho que cada pessoa, pelo menos um pouquinho pode se identificar com as ideias dessas palavras. Mandou muitissimo bem. Te dou a maior forca e adoro teu talento.
    PArabens Dekinha!!!!!
    Parabens amiga!!!
    Bjos
    Di

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  4. Filhaaa!!! Que texto mais lindo...Me emocionei ao lê-lo e percebo que estás cada vez conseguindo chegar mais na essência do ser. É isso, a vida é um palco em que os atores e autores somos nós mesmos...Parabéns filha, te amo e te admiro muito. Bjos

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  5. É Dekinha, com o passar dos dias tudo se transforma, nós também é bom ver tua evolução, isso aí é parte do aprendizado a outra continua nunca perca seus objetivos tenha os sempre avista pois é assim que vais alcança-los;gostei demais do que li, um bejão te aminho.

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